sábado, 18 de outubro de 2014

Livros de cozinha para download

Não é novidade para nenhum leitor do meu blog minha fixação por livros de cozinha, Júlia Child e "all related"! E por isso eu fuço, fuço e fuço ainda mais... hahah

Facebook é uma ferramenta que me ajuda bastante, tenho acesso a grupos internacionais de cozinha que compartilham documentos sérios, vídeos, técnicas e fotos que nos instigam a crescer.

E assim em uma dessas encontrei dentro de um grupo internacional a super dica de uma série de livros disponíveis para download grátis!

Fiquei tão feliz que resolvi compartilhar por aqui:

download de livro grátis


sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Tomate recheado com Ratatouille


Já contei por aqui mais de uma vez da minha paixão pela produção da Disney Ratatoille, acho realmente um filme incrível que transmite várias mensagens especiais envolvendo meu assunto favorito: comida!

Daí a minha querida tia Liana me procurou querendo presentear Júlia, sua afilhada que completaria 9 anos de idade e adorava cozinhar. Júlia queria preparar sozinha um jantar completo: entrada, prato principal e sobremesa.

Eu nem conhecia ainda a Júlia para saber se ela comia berinjela ou não mas perguntei para sua mãe se ela experimentava de tudo ou tinha restrições. Nada - ela estava aberta! Então perguntei se ela conhecia o filme e já logo sugeri o Ratatoille. Ela topou e seguimos com a idéia!

Eu tenho um cortador de legumes da marca Zyliss que se vende aqui no Brasil na Spicy que é perfeito para crianças, a Julia pôde cortar seu próprio Ratatoille.

Para servir o delicioso ratatoille eu o coloquei dentro de um tomate assado perfumado com manjericão e acompanhado de folhas verdes.


Julia se divertiu com o cortador de legumes






Tomate recheado com Ratatoille


Tempo de preparo: 35 minutos // Rendimento: 8 porções



Ingredientes



  • 10 tomates italianos bem maduros
  • 1 berinjela
  • 1 abobrinha
  • 1 cebola
  • 1/2 pimentão vermelho
  • 10 folhas de manjericão
  • 1 colher de chá de sal
  • 2 colheres de sopa de azeite



Modo de preparo


1- Corte a berinjela, abobrinha e cebola em cubos de mesmo tamanho. Corte 2 tomates em cubos.

2- Prepare 8 tomates para serem recheados: corte a tampa, retire a semente e corte uma mini tampinha na bundinha do tomate para firmá-lo no prato. Macere algumas folhas de manjericão com sal e polvilhe por cima dos tomates. Adicione também 1 colher de azeite sobre eles e reserve;

3- Em uma panela média aqueça 1 colher de sopa de azeite e doure a berinjela. Retire-a do fogo e doure a abobrinha. Retire-a do fogo e junte-a com a berinjela já dourada. Adicione então uma colher de sopa de azeite, o alho picado e a cebola média em cubos, deixe em fogo baixo até que a cebola esteja translúcida. Acrescente o pimentão em cubos e deixe dourar, acrescente os tomates em cubos e deixe refogar por alguns minutos. Volte a berinjela e abobrinha para a panela, mexendo bem. Adicione as ervas, sal e pimenta e deixe em fogo baixo na panela tampada por 5 minutos.

4- Recheie os tomates com ratatouille e leve ao forno bem quente por 10 minutos para dourar.





Dica


Se você for receber amigos, pode fazer tudo, deixar os tomates recheados e colocar no forno por dez minutinhos antes de servir. Mas isso se quiser serví-lo quente, mas eu particularmente prefiro frio, em uma mesa de frios ou mesmo ali dispostos sobre uma mesa com pratos de entrada e garfos pequenos ao lado e cada um se serve a temperatura ambiente. Acompanha muito bem torradinhas e saladinha verde.


Clique aqui para ver mais fotos da aula da Júlia!

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Aula Thai - Entradinha


Tive uma oportunidade incrível de trabalhar em um restaurante tipicamente chinês onde se usava pimenta Szechuan em dois pratos, um deles que ia uma mistura aromática de pimentas secas e outro em que a pimenta ia triturada pura, na sua essência mais ardente e aromática possível.

Este em que a pimenta ia triturada pura era preparada por mim, eu preparava um tartar com aquela pimenta e servia junto a uma fritura chinesa, parecia uma massa de pastel mas bem dura, ficava tipo um baconzitos sem sabor de bacon, tinha sabor de legumes. Fritávamos na hora o baconzitos de legumes e servíamos com o tartar temperado com Szechuan.

O tempero do Tartar já vinha pronto, era um molho feito pelas chefs do setor e que a receita nunca me foi revelada. Mas eu provava o sabor, e com algum improviso e algumas modificações eu consegui replicar parte daquele sabor aqui no Brasil novamente na minha aula Thai no Madame Aubergine!

Eu não conseguiria replicar aquele baconzitos de legumes, até porque era importado, então substituí a fritura por um elemento adocicado e bem colorido: frutas! Pode usar Nash Pears ou também Caqui Asiático fica bem legal.

caqui asiático


O bifum veio de outra cozinha, foi do Parlamento Australiano, na vontade de diversificar a cozinha tradicional francesa o chef do Garde Manger colocava elementos asiáticos em seus pratos e assim ele usava esse bifum crocante em cima de uma salada que eu achava genial e resolvi colocar em cima do meu tartar, já que por aqui costuma-se comer tartar com batata frita crocante!


Prato de uma aula durante a aula Thai, neste dia fizemos com Caqui Asiático por falta de Nash Pears no mercado




Tartar de mignon Szechuan com Nash Pears e Crocante de Bifum

Tempo de preparo: 20 minutos // Rendimento: 8 porções



Ingredientes


  • 1kg de filé mignon
  • 1 unidade de pêra asiática
  • 15gr de pimenta sichuan trituradas
  • 1 colher de chá de mostarda dijon
  • 2gr de sal
  • ½ limão tahiti espremido
  • 3 gotas de óleo de gergelim
  • 200gr de macarrão de arroz tipo bifum



Modo de preparo



1- Corte o filé mignon em micro cubos, misture mostarda dijon, limão tahiti espremido e óleo de gergelim, misture bem. Tempere com sal e reserve;

2- Aqueça uma frigideira e quando estiver bem quente adicione as pimentas secas, deixe ali por 5 minutos, mexendo de vez em quando. Quando ao mexer nelas você sentir o perfume de flor que a pimenta Sichuan tem, desligue o fogo. Triture a pimenta no processador e misture ao filé mignon;

3- Corte as peras em fatias finas e reserve;

4- Quebre o bifum em tamanhos menores e frite em óleo bem quente. Ao retirar do óleo, ainda quente tempere com sal;

5- Sirva pratos individuais com a fruta por baixo, o tartar e por cima o bifum crocante.




Dica

Encontra-se a pimenta Sichuan para vender na Liberdade ou nesse site aqui.

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Drink de melancia com chilli salgada


Eu fiz esse drink pela primeira vez quando testava um menu Thai para uma aula. Eu aprendi alguma coisa da cozinha tailandesa em Sydney. Tudo começou quando trabalhei com uma chef da Tailândia. Ela era bem rigorosa e ríspida comigo, eu tentava puxar assunto, perguntar mas nada a fazia sorrir, era sempre a cara amarrada me mandando fazer mil coisas uma atrás da outra sem tempo de me olhar nos olhos.

Um certo dia enquanto almoçávamos (fiz questão de me mudar de lugar para sentar perto dela) eu perguntei qual era sua comida favorita de seu país. Como de costume ela não respondeu. Eu continuei ali, e pra não ficar calada acabei contando pra ela do lombo da minha avó que é o prato que nossa família come no Natal que a grande maioria dos brasileiros come Peru por conta do Marketing de uma grande empresa mas que nós mantemos a tradição e comemos a única receita que minha avó deixou.

Ela como sempre ouviu a história toda calada e levantou da mesa quando eu terminei e saiu sem dizer nada. Era muito grosseira mesmo, eu mal podia acreditar! Como eu poderia admirar uma chefe dessas?
Daí passaram-se alguns dias e em alguns momentos ela foi mais doce, me deu frutas para comer durante o turno e tudo...

E eu como não tinha família nem amigos em Sydney acabava com muito tempo ocioso e óbvio eu ia pra cozinha! Fui pesquisar um pouco sobre comida tailandesa, cheguei a visitar uma loja específica de produtos thai e um dia eu testei uma berinjela adocicada com manjericão e óbvio eu levei para a tailandesa experimentar. Pra dizer a verdade o nome dela era tão difícil e a comunicação também (ela fazia questão de falar inglês enrolado comigo) que eu inventei na minha cabeça um apelido de "Coriander" pra ela e pronto, nem me lembro o nome dela.

Ela foi novamente super arrogante e não quis experimentar. Disse que era para eu deixar na geladeira que ela não tinha tempo para isso.

Mais uma vez fui embora pra casa detonada, me sentindo a pior cozinheira da história da humanidade! Haha essa mulher tinha o poder de acabar comigo, confesso! Por mais amor que eu tentasse oferecer, ela fazia questão de criar um clima horrível no trabalho.

No dia seguinte quando eu estava saindo para o almoço, ela me chega com uma marmita: "é assim" Fiquei muito feliz! Confesso que com um pouco de medo de estar envenenado dado o comportamento anterior dela, mas ela parecia querer melhorar aquela relação horrível.

A marmita que ela me deu tinha tipo um pastelzinho crocante muito apimentado e adocicado, levemente salgado, o recheio era de berinjela com manjericão, tinha um molho por cima bastante apimentado e doce.

A partir dali eu comecei a me interessar mais pela culinária tailandesa e testar mais pratos em casa. Eu não levava pra ela porque por mais que naquele dia ela tivesse sido simpática, nos dias posteriores ela foi muito cruel. Não me senti a vontade e nem vontade de lhe oferecer novos pratos.

Eu comecei a conhecer outros tailandeses (que tem bastante em Sydney) e quando me davam abertura eu perguntava sobre os pratos de família e contava das receitas que eu tinha estudado!

Numa dessas, em um ponto de ônibus sentada trocando umas figurinhas com um menino tailandês ele me contou desse drink thai que ele costumava tomar no alto verão com os amigos. Era um simples suco de melancia com algum drink bem forte (tipo tequila) e colocava num copo com uma crosta de chilli e sal.

"O toque especial está em bater a chilli no processador na hora, o perfume da pimenta invade o ambiente" - ele falou.

E então diretamente do ponto de ônibus em frente ao QVB em Sydney para o menu da aula Thai no Madame Aubergine eis que o drink faz o maior sucesso. Eu o repeti outras vezes em aulas das lojas Spicy em São Paulo e o sucesso é garantido! Só tem um detalhe importantíssimo:

SOL E CALOR! MUITO CALOR!



Preparando o drink em uma Loja Spicy






Drink de Melancia com Chilli Salgada


Tempo de preparo: 5 minutos // Rendimento: 4 drinks




Ingredientes



  • ¼ de Melancia
  • 400mL de Tequila
  • Gelo
  • 1 pimenta chilli seca
  • 1 colher de sopa de Sal
  • ½ limão tahiti


Modo de preparo


1- Amasse a melancia ou bata no liquidificador com a tequila e 6-8 cubos de gelo;

2- No processador a pimenta com o sal e coloque o sal temperado em um prato fundo (se preferir use chilli e sal em pó misture na proporção 1:1, mas não é igual!);         
                                                                        
2- Coe o suco de melancia, e reserve. Prepare as taças passando um gomo de limão em volta de cada boca de taça, depois as vire sob um prato com pimenta chilli em pó e sal. Cuidado para não pressionar muito o copo sob o prato e fazer uma camada muito salgada e apimentada!         
                          
3- Sirva o líquido nas taças.





Divirta-se!


Veja aqui mais fotos das Aula Thai e Loja Spicy.

terça-feira, 14 de outubro de 2014

Brownie


Foi quase um ano de estudo em que comi brownies duros e doces demais até que eu finalmente chegasse a esta receita! Na verdade foi através de uma amiga italiana confeiteira de mão cheia, Valéria Suppa (dê uma olhada no blog dela) que eu comecei a entender um pouquinho mais sobre esse bolinho tão adorado!




Como de costume eu quis pesquisar a história do bolinho e diz a lenda que ele surgiu nos Estados Unidos em 1983 durante a Columbian Exposition que foi uma grande festa em Chicago para comemoração dos 400 anos da chegada de Cristovão Colombo ao "Novo Mundo".

A história é de que a rica socialite Mrs Bertha Potter Palmer proprietária do Palmer House Hotel em Chicago pediu ao Chef que preparasse uma sobremesa que pudesse ser armazenada em uma caixinha e levado a exposição pelas senhoras hospedadas no hotel.

…asked her chef at The Palmer House Hotel in Chicago to create a dessert that could be tucked into a box lunch for ladies to eat while attending the Columbian Exposition. The result was a super-rich, fudgy-chocolate confection – the Palmer House brownie. The brownie remains on the hotel’s menu, but the name of the creative chef, alas, is lost in antiquity. ((Hall, Suzanne. “A Batch of Brownies.” The National Culinary Review, May 2007, 42-43))

Essa é a lenda... mas daí nessa época já existiam barras de chocolate, elas eram caras e recém chegadas ao mercado, me pergunto por que não vários quadradinhos de chocolate em uma caixinha, elas sujariam menos as mãos!

Mas não! Nesta época pouco se conhecia sobre temperatura de chocolate e as barras que tinham na época lambuzavam as mãos. O chocolate surgiu por causa do chocolate quente europeu que era feito a partir de chocolate em pó, daí a necessidade de criar o produto chocolate. Surgiram as barras porém elas derretiam nas mãos das pessoas, eram barras grandes, rústicas, não sabiam que podiam derreter aquelas barras e fazer formatos diferentes. 

A lenda começa a fazer sentido... e daí também acredito eu que o brownie tenha surgido pois sempre em cozinha há que se reduzir os custos dos produtos e nada melhor do que aumentar o volume, sendo assim o acréscimo de farinha e ovo ao chocolate derretido com manteiga e forno para assar. O resultado um chocolate cremoso molhadinho que se come com as mãos! Lambuza-se, mas come-se com as mãos!

Depois de muitas histórias e indagações, eis que finalmente eu revelo a tal receita do brownie que deu certo!




Brownie de castanha do pará


Tempo de preparo: 35-40 minutos // Rendimento: 12 fatias quadradas


Ingredientes


  • 150gr de chocolate meio amargo
  • 113gr de manteiga
  • 3 ovos
  • 160gr de açúcar
  • 95gr de farinha de trigo
  • 70gr de castanha do pará
  • 125gr de chocolate meio amargo picado

Modo de preparo


1- Ligue o forno em 180 graus. Derreta o chocolate junto com a manteiga em um bowl em banho-maria;

2- Misture os ovos com açúcar e bata até formar um creme esbranquiçado bem fofo (cerca de 5-6 minutos);

3- Misture o chocolate ao creme de ovos, adicione farinha a colheradas mexendo com cuidado com espátula. Adicione as castanhas do pará picadas rusticamente e o chocolate em pedaços;


4- Coloque em uma fôrma untada e polvilhada com farinha de trigo. Leve ao forno baixo por 20 minutos, até que se forme uma crosinha na parte de cima do brownie. 

5- Retire do forno e espere esfriar por completo antes de cortar (ideal é colocar por 2 horas na geladeira, ele fica facinho de cortar).

Dica de beleza: 

Para que ele fique assim lindo como na foto com as castanhas por cima, reserve algumas, faça lascas rústicas e com 15 minutos de forno, abra e coloque as castanhas por cima, volte ao forno por mais 20 minutos.

Cuidado especial:

Não deixe o seu brownie no forno por mais de 30 minutos, ele ficará um bolo duro e seco!

Divirta-se!!!



segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Pão da Saúde

Já tem algum tempo que venho pesquisando e estudando sobre pães. Meu pai atualmente tem 74 anos e a alimentação mais saudável que eu já vi, ele leu dois livros importantes que tratam do tema alimentação saudável: Anticâncer e Saudável aos 100 anos. Depois dessas leituras, ele mudou completamente seus hábitos alimentares e não come em hipótese alguma farinha branca!

Daí eu com meu estudo de pães sofria por não ter cobaia para experimentar... resolvi então fazer uma pesquisa sobre pães integrais e adequar meus testes para a minha única cobaia: meu pai!

E assim que comecei a pesquisar e me lembrar das aulas sobre grãos na Unicamp, fuça daqui, remexe dali, eu me lembrei de um equipamento muito curioso usado na indústria de alimentos chamado separador granulométrico ele tem a função de separar em diferentes peneiras diferentes grãos de diferentes granulometrias (mais grossos e mais finos). Assim quando o trigo é moído, algumas partes permanecem maiores e outras menores, no separador os menores descem e os maiores que no caso do trigo são parte da casca, germe e endosperma. As menores vão para o saquinho designado "farinha de trigo integral" nas gôndolas dos supermercados, as maiores vão para ração animal.

Bom, se nos livros do papai os autores recomendavam comer trigo integral, nada melhor do que o grão, mas eu não tenho máquina moedeira em casa, como fazer isso virar farinha? Lembrei da tal salada de trigo em grãos que eu tinha servido com Cordeiro na Páscoa e resolvi cozinhar os grãos como se fosse repetir a saladinha. Quando estavam cozidos, descartei 2/3 da água de cozimento e bati no liquidificador 1/3 da água de cozimento + grãos cozidos. Comecei a processar e vi que estava devagar, que alguns grãos estavam processados, outros não, que estava uma massaroca, desliguei tudo! Vai assim mesmo pensei! Meio moído meio inteiro, é integral é o que interessa... assim peguei uma receita de pão de bater no liquidificador, diminuí a quantidade de farinha, misturei a massaroca de trigo em grão, e... tan tan tan tan eis que surge o pão da saúde!

Para que ele fosse 100% aceito na rigorosa dieta do meu pai eu incluí: linhaça dourada, chia e aveia.








Pão da Saúde


Tempo de preparo: 1h30min // Rendimento: 2 formas grandes de pão de fôrma


Ingredientes


4 ovos
350 mL de leite
100gr de fermento fresco (de padaria)
1 colher de sopa de açúcar
1 colher de sobremesa de sal
300gr de trigo em grãos cozidos e processados
600gr de farinha de trigo
3 colheres de sopa de chia
3 colheres de sopa de linhaça
3 colhers de sopa de aveia
3 colheres de sopa de óleo

Óleo e farinha de trigo para untar a fôrma





Modo de preparo


1- Coloque no copo do liquidificador: 4 ovos + 100gr de fermento + açúcar + sal + 350mL de leite;

2- Bata por 7 minutos (não menos, não mais, exatamente 7 minutos);

3- Despeje a mistura batida em um bowl, adicione a massaroca de trigo em grão e comece a adicionar a farinha de trigo aos poucos, mexendo sempre com uma espátula;

4- Quando não der mais para mexer com a espátula, coloque a mão na massa, mas não precisa ficar sovando e amassando, só até ela ficar homogênea. Adicione as 3 colheres de óleo e a massa se desgrudará de sua mão;

5- Divida a massa em 2 partes, coloque em 2 fôrmas grandes para pão de fôrma e deixe crescer. Quando estiver com 30 minutos de massa crescida, ligue o forno e coloque a massa em cima do fogão, só para ficar quentinho, não coloque dentro do forno ainda;

6- Quando o forno estiver BEM quente no máximo coloque os pães e depois de 30 minutos sua casa está cheirando a pão e o pão desgruda facilmente da fôrma, você pode tirar o pão do forno que ele está maravilhoso! Ideal mesmo é guardá-lo e só desenformar no dia seguinte.

E por falar em dia seguinte é aí que vem a melhor parte desse pão: uma fatia Gorda de pão de forma,  passar muita manteiga, dourar na frigideira e daí quando for comer ainda vê-lo assim por dentro:



Eu fiz o teste e o pão já está ali embalado e acondicionado há 5 dias sem nenhum mofo! 

sábado, 11 de outubro de 2014

Cheesecake de cajá com calda de caramelo salgado

Em abril deste ano fui convidada pelo Chef Lucius Gaudenzi a criar um prato para entrar no novo cardápio do Restaurante 496 em Salvador. Ele me deixou a vontade para a criação só pediu o uso de ingredientes locais.

Desde a primeira vez que estive na Bahia me apaixonei por Cajá, sendo assim eu não poderia usar outro ingrediente local. Considerando a sazonalidade da fruta e a dificuldade de encontrá-la in natura no restante do Brasil eu optei por usar a polpa de cajá e assim surgiu o delicado e baiano Cheesecake de Cajá!

Fiquei imensamente feliz com o convite e fiz questão de ir pessoalmente assistir a entrada triunfal do meu prato no cardápio! E ele está lá até hoje! Se forem a Salvador não deixem de conferir o Cheesecake de Cajá no Restaurante 496, Porto Trapiche!

Tempo de preparo: 20 minutos + 4 hrs de geladeira // Rendimento: 8 fatias


Ingredientes


Massa

1 pacote de bolacha maria
200 gr de castanha de cajú
100gr de manteiga


Recheio

250gr de cream cheese
3 folhas de gelatina
150gr de polpa de cajá
250gr de creme de leite fresco
80gr de açúcar


Calda de caramelo salgado

150gr de açúcar
200gr de creme de leite fresco
20gr de sal


Modo de preparo


Massa

Bata no liquidificador a bolacha maria com a castanha de cajú até formar uma farofa bem fina.
Misture com a manteiga e disponha no fundo de uma assadeira de fundo falso. Leve para assar em forno branco por 15 minutos.

Recheio

Misture o açúcar com a polpa de cajá e leve ao fogo brando até que os grãos estejam dissolvidos. Desligue o fogo e espere amornar. Quando estiver morno adicione as folhas de gelatina cortada em quadrados menores.
Adicione o cream cheese e mexa até obter um creme uniforme. Bata na batedeira o creme de leite fresco até o ponto de chantilly. Misture ao creme de cajá, coloque por cima da massa pré-assada quando ela já estiver fria.
Leve para gelar por 4 horas na geladeira.

Calda de caramelo salgado

Dissolva o açúcar na panela, adicione o creme de leite fresco e deixe apurar até que todo o açúcar esteja dissolvido. Adicione o sal e prove o sal. Quando estiver cremosa como na foto abaixo, desligue e reserve.







sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Bacalhau Espiritual

Com um enorme prazer estou hoje na terrinha: Minas Gerais na companhia de minhas duas mães, minha mãe de verdade e a de consideração. Duas grandes mulheres que representam muito na minha vida.

Este é um final de semana especial para nossa família, estaremos reunidos neste sábado para uma benção, um motivo espiritual nobre. E por este motivo minha mãe me pediu que levasse para ela bacalhau! Enquanto ela pedia o bacalhau vários flashs de segundos se formavam na minha cabeça, lembrando todas as receitas de bacalhau que eu já tinha provado, elaborado e estudado. E qual delas eu escolheria para este evento tão abençoado?

Escolhi pelo nome, pela foto e pela vontade de experimentar o nunca antes feito por mim Bacalhau Espiritual! Já tinha provado um monte deles mas eu mesma preparado foi a primeira vez.


Tempo de preparo: 1 hora // Rendimento 8 porções



Ingredientes 



Molho Bechamel com parmesão


  • 3 colheres de sopa de manteiga
  • 100gr de farinha de trigo
  • 1 litro de leite quente
  • 1 pitada de noz moscada ralada na hora
  • sal e pimenta do reino a gosto



Bacalhau


  • 2 cebolas grandes raladas
  • 2 cenouras raladas
  • 1 pimenta dedo de moça sem semente micropicada
  • 3 colheres de sopa de azeite
  • 1kg de bacalhau dessalgado
  • 500 mL de leite
  • 6 fatias de pão de forma sem casca
  • 3 colheres de sopa de parmesão ralado



Modo de preparo



Molho bechamel


1-  Em uma panela coloque o leite para ferver;

2- Derreta a manteiga em uma frigideira, adicione a farinha de trigo e deixe dourar por 2 minutos;

3- Junte a manteiga + farinha de trigo ao leite mexendo vigorosamente com o mixer e deixe ferver, irá engrossar;

4- Adicione o queijo parmesão, tempere com sal e noz moscada.

Bacalhau


1- Coloque o peixe dessalgado em leite fervendo e cozinhe por 15 minutos. Reserve o leite do cozimento, deixe-o esfriar;

2- Refogue as 2 cebolas  raladas em azeite, quando estiverem translúcidas adicione a cenoura, deixe dourarem, acrescente o bacalhau e refogue bem, deixe apurar 5-10 minutos em fogo alto tampado. Quando estiver grudando no fundo da panela, retire-o do fogo e reserve;

3- Corte as 6 fatias pão de fôrma sem casca em cubos e bata no liqüidificador para ficarem uma farinha úmida. Adicione o leite do cozimento do peixe aos pães.

4- Misture o bacalhau com a massa de pão de forma e forre o fundo de um pirex de vidro;

5- Cubra com o molho bechamel;

6- Polvilhe 3 colheres de sopa de queijo parmesão e leve ao forno por 20 minutos!



quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Salada de grão de bico com bacalhau

Escolhi nessa receita dois grandes ingredientes da história de colonização portuguesa no Brasil: o salgado e primo rico bacalhau com o simples e afetuoso grão de bico e a combinação é linda e saudável!!!

Segundo as tradições da Igreja Católica na Semana Santa deveriam ser excluídos do cardápio as carnes consideradas “quentes” e o bacalhau, conhecido como uma comida “fria”, tinha o consumo incentivado pelos comerciantes na Idade Média. Com isso, passou a ter forte identificação com a religiosidade e a cultura do povo português que, por sua vez, colonizou o Brasil.

Grão de bico é mais uma herança portuguesa, conhecido também como grão da felicidade, pois pela grande quantidade de Triptofano, aumenta a produção de Serotonina (que é aquela sensação de felicidade, o mesmo que é liberado pelo chocolate). É também rico em fibras e recomendado na dieta de diabéticos por sua lenta absorção.

Essa salada é tudo que todos nós gostaríamos de ser: "Ricos e felizes"!!!




Tempo de preparo: 40 minutos (cozimento) + 10 minutos (finalização) // Rendimento: 6 porções


Ingredientes


  • 500g de grão de bico cozido
  • 300g de bacalhau cozido e desfiado
  • 1 pimentão vermelho em cubos
  • 1 pimentão verde em cubos
  • 3 colheres de sopa de azeite
  • 1 cebola roxa em fatias finas
  • Sal e pimenta do reino a gosto



Modo de preparo


1- Cozinhe o grão de bico, retire as cascas e reserve em geladeira;

2- Cozinhe o bacalhau em 500mL de leite, desfie e reserve em geladeira. Corte os pimentões em cubos e as cebolas em fatias finas, reserve;


3- Monte a salada em camadas: grão de bico, sal, pimentao vermelho, bacalhau, pimentao verde, regue com bastante azeite e decore com fatias de cebola roxa.



Divirta-se!



Veja aqui mais fotos dessa aula de Saladas na Spicy Gabriel Monteiro da Silva.