terça-feira, 30 de setembro de 2014

Mousse de Nutella


Tempo de preparo: 10 minutos + 2hr geladeira //Rendimento: 6-8 porções


Ingredientes


250g de creme de leite fresco
300g  de chocolate meio amargo (garoto ou Nestlé, não compre Arcor!)
350g  de nutella
80g  de açúcar
4  ovos
80g de açúcar
50g de manteiga

Modo de preparo


1) Em uma panela aqueça o creme de leite fresco, coloque em um bowl e adicione o chocolate, a nutella e a manteiga. Coloque o bowl sob uma panela com água fervendo até derreter o chocolate;

2) Bata as gemas na batedeira com o açúcar por 7 minutos. Misture as gemas delicadamente a ganache de nutella;

3) Bata as claras em neve e incorpore-as lentamente ao mousse.

Mousse de nutella decorado com nozes e morangos



segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Hamburguinho Fit

Em meados de abril eu fui convidada a participar de um programa de TV. Um assessor entrou em contato comigo e eu topei! Tinha de fazer uma receita muito rápida e atraente para um público de programa de TV a tarde: A tarde é show!

Lá vou eu: maquiagem, arruma ingredientes, escolhe receita, corre daqui e dali e cheguei ao estúdio.

Foi divertido mas eu não consegui ser eu mesma, estava travada, nervosa, não curti EU! Mas também me cobro muito... deixa pra próxima que vai ser melhor!

E aí então a receitinha super fácil, deliciosa e bem Light!


Hamburguinho fit

Tempo de preparo: 10 minutos // Rendimento: 12 hamburguinhos


Ingredientes


3 colheres de sopa de azeite
2 colheres de sopa de polvilho
1 xícara de quinua cozida
1 colher de sopa de linhaça hidratada em 2 colheres de sopa de água morna
1 pitada de sal
1 dedo de gengibre ralado
1 cebola roxa picada em micro cubos
1 dente de alho picado

Modo de preparo

1- Em uma panela aqueça o azeite, adicione a cebola e quando estiver translúcida acrescente o alho. Deixe dourar, acrescente o polvilho, mexa bem para que se incorpore;
2- Retire do fogo, adicione a quinua, misture bem, acrescente a linhaça com a água, sal, gengibre e deixe esfriar;
3- Quando a massa estiver fria, molde os hamburguinhos e grelhe.


domingo, 28 de setembro de 2014

Food Trucks: sabores sobre rodas

Postado em 11/09/2014 às 20:59 por Adriana Avelar em Colunistas 3, Direto da Cozinha 
Há dois anos Nova York vivia o auge dos food trucks (caminhonetas que vendem comida) e São Paulo ainda torcia o nariz para a comida de rua. Foi entre dezembro de 2013 e fevereiro de 2014 que dois food trucks invadiram a capital paulistana com um conceito moderno de comida de rua: Buzina e Holy Pasta Food Truck abriram mercados e são protagonistas dessa  história da gastronomia nacional.
Com o objetivo de homenagear esses empreendedores e mostrar o desafio de ir às ruas, a Gnt lança em março de 2015 o programa “Food Truck: A Batalha”. Uma competição entre dois chefs em dois trucks, vence o que vender mais no menor tempo. Os chefs participantes do desafio são monitorados por Buzina e Holy Pasta em uma competição divertida e muito saborosa!
De 8 a 12 de setembro de 2014 a população de São Paulo pode degustar esse desafio e ainda aparecer na Tv.
Confira o cronograma divulgado nas redes sociais sobre o evento:
foodtruck
















Além disso acontece uma grande movimentação de eventos com comida de rua na cidade, toda semana há dois ou três eventos, todos lotados. A prova clara de que o modelo dos sabores sobre rodas caiu no gosto paulistano, com sua forma abrasileirada de ser, os food trucks concentram-se em eventos com música, boa bebida e gente interessante. Atingem um público jovem apreciador da alta gastronomia e de uma boa cerveja.
Interessante pensar no momento que vive o mercado gastronômico como um todo. O público dos Food Trucks e comidas de rua é jovem e busca autenticidade e qualidade. Não se contentam nem apreciam as cervejas nacionais. Stella Atrois e Heineken aparecem esporadicamente, as mais pedidas são aquelas artesanais ou de rótulos especiais.
O preço do prato importa e muito, avaliam a barraca de rua pelo tamanho da fila e pelo custo-benefício da comida, um prato grande por menos de R$ 20,00 é um preço bom. Já o preço da cerveja não é baixo mas não pode ser abusivo: até 12 reais para um paulistano por um copo de Chopp artesanal é justo.
E você já caiu nas graças dos Food Trucks?
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sábado, 27 de setembro de 2014

Restaurantes e facebook: uma revolução gastronômica

Postado em 03/09/2014 às 0:01 por Adriana Avelar em Colunistas 2, Direto da Cozinha 
Quem não se lembra da voz inativa que os clientes tinham ao saírem insatisfeitos de um restaurante? Reclamavam ao garçon, gerente, caixa e nada daquilo ficava registrado e o proprietário ou responsável pelo estabelecimento muitas vezes nem sabia do que se tratava, o cliente tinha a impressão de que seu pedido seria atendido e o proprietário de que todos estavam satisfeitos. Na verdade todos eram enganados por palavras ditas e/ou não ditas. Com a chegada das redes sociais essa realidade mudou drasticamente e o momento atual mais se parece com uma revolução gastronômica.
Hoje o perfil do facebook de um estabelecimento é bombardeado com críticas positivas e negativas diariamente, “facebookianos” de plantão atiram pedras por preços altos ou qualquer outro desconforto que lhes pareça inaceitável.
proprietário do restaurante não precisa mais de interlocutor para saber o que os clientes pensam sobre seu estabelecimento, basta abrir sua página na Rede Social e tirar suas próprias conclusões, bem como atender e responder às solicitações de seus clientes.
restaurant face
Nesse processo tanto os clientes como os estabelecimentos ganharam. Os clientes podem registrar suas percepções e os proprietários podem ali se justificarem e corrigirem seus erros, podem ainda divulgar suas fotos, promoções e ações aos clientes e amigos de clientes convertendo sentimentos ruins em sorrisos e diálogos sinceros.
Há também um outro grupo de profissionais que muito se beneficiou com a chegada do Facebook: os Assessores de Imprensa! O fato de ter grupos de interesse conectados através de uma rede torna o processo mais fácil a um custo menor: a publicidade para restaurantes faz uso de ações impulsionadas da própria ferramenta para conseguir mais “curtidas” e atrair novos clientes. Representar graficamente os sentimentos dos seguidores através de posts gera engajamento social e desse trabalho surgem comentários e opiniões sinceras sobre os produtos, atendimento e conteúdo.
brasileiro está amadurecendo a forma de usar uma ferramenta riquíssima como o Facebook e hoje antes de ir a algum restaurante é comum “dar uma passadinha no face” para ler as críticas e checar horários, preços, menu, endereço e opções de pagamento. Os clientes passaram a ter voz ativa, os empresários maior feedback, os assessores de imprensa maior raio de atuação e assim o mercado começa a se transformar com exigência e padronização por todos os elos da cadeia produtiva.
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sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Chegou a vez dos tacos

Postado em 30/07/2014 às 0:01 por Adriana Avelar em Colunistas 3, Direto da Cozinha
A expansão de restaurantes temáticos para lojas de fast food começou em São Paulo em 1993 com a primeira temakeria do Brasil. O restaurante japonês sempre foi muito apreciado, mas sua popularização de fato se
Taquitos-Mexicanos  deu com as lojas  de fast food que tinham somente para vender a grande paixão dos brasileiros: o Temaki. O boom de lojas de fast food com produtos específicos ocorreu em 2008 e vários produtos se popularizaram. A última da moda foi das hamburguerias e agora chegou a vez da comida mexicana!

sucesso das redes de taquerias nos Estados Unidos impulsionou empreendedores a investirem no negócio no Brasil e o palco escolhido foi o Baixo Augusta, o “novo-velho” bairro de São Paulo. O público da noite que frequenta a região na ida ou volta da noitada paulistana busca soluções rápidas a preços acessíveis para matarem a fome.
Na altura da Rua Peixoto Gomide encontra-se a Chicano Taqueria, com decoração e marca peculiares e cardápio totalmente inspirado nas taquerias de São Francisco: Burritos, Quesadillas e Tacos. No mesmo lado da rua, três quadras acima no sentido bairro está a La Saborosa, com inspiração na comida do México contendo pratos como totopos (tortillas fritas), tostada de ceviche, quesadilla de temporada . Outros dois pontos comerciais parecem se preparar para a nova moda gastronômica de São Paulo e a Rua Augusta parece prometer ser a versão brasileira da Mission District de São Francisco, CA.
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quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Moqueca de Jaca?

Os ingredientes já estão sobre a mesa... e as tintas também!!! Com a artista plástica Andrea May tive o grande prazer de preparar um prato enquanto ela representava meu prato em um quadro.

Eu estava na Bahia em viagem há 40 dias e queria apresentar meus conhecimentos adquiridos portanto fazer a formosa e cheirosa moqueca! Eu já tinha feito moqueca de peixe umas 12 vezes ensinando em inglês naquele período, queria usar algum ingrediente que eu conheci na viagem, uma fruta.

Diziam que ela não cheira bem, é difícil de trabalhar, minha mãe não gosta, eu nunca ouvi meu pai falar, moro em São Paulo onde jaca é uma fruta bastante escassa, tudo isso me levava para longe da jaca. Mas na Bahia eu conheci o Sr Paulo, um executivo que me contratou para dar algumas aulas de cozinha para a Marli, sua funcionária. E assim fizemos, eu visitei a casa do Sr Paulo algumas vezes durante minha temporada na Bahia e em alguma dessas visitas ele fez questão de me levar até a barraquinha que tinha jaca, me ensinou a escolher e me deu de presente um saquinho da fruta madura. 

Levei para casa, a senti perfumando meu colo durante todo o trajeto. Cheguei em casa lavei as mãos correndo e fui logo abrir o saquinho de jaca mas em uma pausa de segundos me lembrei de que eu queria gostar da Jaca! Respirei fundo, me segurei e guardei o saquinho por 2 horas na geladeira. Coloquei um despertador e exatamente 2 horas depois eu me deliciei e me apaixonei por jaca madura geladinha!

Enquanto a jaca docinha e geladinha derretia na minha boca eu pensava no prato que tinha combinado com May. Pensava se aquele dulçor combinaria com o dendê cremoso de leite de coco. Foi então que ainda com as mãos lambuzadas eu abri o computador e  coloquei no google: "moqueca de jaca": Yes! Alguém já tinha feito! Lá no Norte, não na Bahia. Assisti a 2 vídeos, neles usava-se jaca verde. Naquela noite eu dormi sonhando onde encontraria a tal jaca verde.

No dia seguinte cedo acordei pilhada na busca pela Jaca verde. Pergunta daqui e dali, acabei caindo na periferia de Salvador e encontrei uma jaca verde enorme por R$7,00. Comprei e já logo fui pra casa testar a receita.

Chego em casa com aquela jaca enorme e os braços doendo do peso de carregá-la (devia pesar uns 10kg). Lavei a jaca e já logo peguei a faca e quando coloquei a faca pela primeira vez ela saiu toda melecada eu pensei: Eca! Parei por um instante e falei sozinha: "Eca nada Adriana, Google". E mais uma vez o Google me salvou e me contou que eu deveria lambuzar a faca com óleo de cozinha assim a gosma da jaca não grudaria na faca, dito e feito, cortei a jaca como se fosse uma abóbora e coloquei ela para cozinhar na pressão por 20 minutos com casca e tudo.

Saindo da pressão eu queria provar, coloquei a primeira carninha na boca e ela tinha consistência de peixe desfiado e nada de sabor! Eu não tinha colocado sal, queria sentir o sabor da jaca primeiro e não tinha nada. A fruta propriamente dita se forma envolta do caroço e, quando a Jaca está verde, ela se forma em uma camada bem fininha e adocidada. 
O caroço pode ser descascado e comido é delicioso. A Chef Roberta Sudbrack já surpreendeu a crítica do Rio de Janeiro ao servir caroço de jaca em um jantar em maio de 2014.

Tudo certo para o grande dia! O prato da 1a filmagem da série Cozinha "Ins"piração seria a Moqueca de Jaca!




Preparei a moqueca como se aquela jaca verde cozida fosse toda carne de peixe desfiada, tirei a casca e as sementes, piquei as carnes adocicadas das frutas verdes. Refoguei a cebola em cubos no azeite doce (azeite de oliva se chama azeite doce na Bahia), adicionei tomate em cubos, pimentão em cubos, refoguei bastante, adicionei o peixe, refoguei, adicionei o leite de coco feito na hora espremido no pano. Temperei com sal, adicionei dendê, ajustei tudo. Adicionei rodelas de tomate, cebola e pimentão e o coentro que enfeitaram e coloriram o prato.

O resultado dessa história toda foi o vídeo gravado em parceria com Galeria Gastrô, filmagem Pedro Gaudenz. Veja o vídeo AQUI.