sábado, 19 de julho de 2014

Sorveteria da Ribeira – Salvador/Bahia


Salvador brilha entre as capitais brasileiras de maior movimentação turística do país e nesta Copa do Mundo estima-se que cerca de 700mil turistas tenham visitado a cidade.  Este ano não levamos a taça de campeões do mundo mas encantamos a todos pela nossa alegria e receptividade. Eu estive em contato com turistas de diversos países do mundo e as opiniões apontaram Salvador entre as favoritas pela calorosa alegria do povo baiano.
Salvador é realmente uma cidade incrível, repleta de sorrisos, brincadeiras e também sabores muito exóticos que encantam brasileiros e estrangeiros.
Enquanto transitavam pelas ruas de Salvador os “gringos” se encantavam com os nossas frutas tropicais, isso que ali não conseguiam ver nem 10% de tudo o que temos! Gostaria mesmo de ter levado todos a experimentar os mais de 60 sabores que a Sorveteria do Ribeira oferece! Um espaço com 2800m2 que vende cinco mil sorvetes todos os domingos em Salvador! Estive lá em uma quarta-feira  à tarde, e ao estacionar, já logo vi a barraca de Caldo de Cana, que não sou fã e nem combinava com meu planejado sorvete, mas a simpatia do proprietário da barraca e sua história de vida que luta diariamente ali há mais de 30 anos vendendo o mesmo caldo de cana, me encantou e acabei tomando um copão de caldo de cana mais para ajudá-lo do que qualquer outro motivo.
Ele simpático como é, quando soube que eu sou chef, fez questão de deixar sua barraca vazia para me apresentar a tão famosa Sorveteria do Ribeira. Procurou pelo Sr Francisco, atual proprietário que me contou que um dia há cerca de 4 anos ali tomando um caldo de cana com aquele senhorzinho simpático de 80 anos, ele comentou que gostaria de investir em algum negócio e por sugestão do experiente senhor do caldo de cana, ele acabou comprando a famosa Sorveteria do Ribeira que hoje se moderniza e se prepara para uma grande reforma.
A Sorveteria tem marca forte em Salvador e público fiel, porém Sr Franciso não se sente satisfeito com a estética, acredita que uma modernização poderá atrair um público maior e trazer ainda mais conforto a seu público já fiel. E não é só na estética que o proprietário investe, desde que assumiu a casa já criou vários sabores novos e reformulou receitas antigas.sorveteria ribeira
Empresários como o Fafá (como gosta de ser chamado Sr Francisco) devem ser valorizados pois ele realmente sente amor pelo negócio que toca e não está preocupado somente com o faturament,o mas com o conforto e satisfação dos clientes. Sabe que quando o cliente é bem atendido ele volta, sabe que se der amostras de sorvete a um novo visitante este pode até não comprar naquele dia, mas voltará para comprar depois e assim por diante: entende como administrar um negócio de comida com maturidade.
As vendas de sorvete acontecem naturalmente na Sorveteria do Ribeira, ali é um dos pontos mais agradáveis da cidade para se assistir ao espetáculo do Sol se pondo, além de ser um bairro tranquilo e aconchegante, soteropolitanos se deslocam de pontos extremos da cidade somente para se deliciarem com os sorvetes da Ribeira e assistirem ao espetáculo do sol. O salão fica cheio, movimentado e em dias ensolarados chegam a colocar mesas embaixo do pé de manga no fundo da loja para que todos os clientes possam deliciar seus sorvetes com o conforto que merecem.
Sr Franciso não tem formação de cozinha mas entende profundamente sobre a qualidade do produto que vende, sabe como se produz cada um de seus sabores, cria pessoalmente novos sabores, palpitando diretamente no processo produtivo e o principal: tem a humildade de servir aos clientes com sorriso no rosto. Hoje só tenho a parabenizar Sr Francisco que conduz a Sorveteria do Ribeira com o pulso firme e amor no coração que todos os donos de estabelecimentos de comida deveriam; seu negócio é muito bem sucedido e sua fidelidade e dedicação para com o negócio fazem toda a diferença. Parabéns ao baiano retado Fafá!
DSC_4824Aproveito esse espaço para recomendar aos que tiverem a oportunidade de vir a Salvador para visitarem e admirarem o negócio do Fafá, a famosa Sorveteria do Ribeira! Equipe uniformizada e sorridente, todos com boné e máscara para evitar contaminação atendem  oferecendo degustações e gargalhadas aos clientes que ali chegam assim como Sr Fafá ensina diariamente. Minha recomendação especial é para os sabores: Coco Verde, Siriguela, Nata goiaba, Pitanga, Mangaba, Pinha, Jenipapo, mas ah gente, quer saber, todos são maravilhosos! Eu provei esses 7 aí acima e aprovei todos, mas são mais de 60 opções e pode ser que quando você vier o Fafá já tenha criado outros novos e surpreendentes sabores!

É São Joãããooo!!!



E todos os turistas  brasileiros ou gringos que visitam a Bahia durante a Copa do Mundo estão também sendo agraciados com a maior festa regional do Brasil: A festa de São João!
Se enganam aqueles que pensam que a Bahia é terra de preguiçoso, Bahia é terra de festa, de povo feliz, sorridente, trabalhador que batalha por uma vida melhor todos os dias e ainda tem pique para ir a noite festar até o dia raiar e trabalhar no dia seguinte! Na Bahia acontecem as duas maiores festas brasileiras: carnaval e São João. Porém o carnaval atrai muitos turistas e é a época do ano que os baianos aproveitam para ganhar dinheiro, São João é a festa dos baianos, é também feriado e desta vez todo o comércio se fecha, os baianos vão todos ao interior do estado e ao som de um belo acordeon e as vozes de uma morena não há quem fique com os pés parados no chão.
Tive a oportunidade de visitar essa festa linda no último sábado dia 21/06. Recebi a visita de meu namorado em Salvador e daí me encorajei a ir ao Pelourinho de noite assistir a São João, os turistas que iam ao Pelourinho a noite voltavam preocupados com a segurança então eu não tinha me atrevido ainda a visitar o lindo Pelô a noite. Convidamos um gringo amigo nosso suíço e lá fomos nós. Ao chegar ao Pelourinho eu já estava salivando para experimentar o famoso Cravinho, que é uma pinga aromatizada, leva este nome porque a versão original levava cravo porém depois dela outros mais de 40 tipos de aromatizações foram criados e a casa criada em 1980 movimenta público local de Salvador difundindo infusões consumidas pelos nossos antepassados. As infusões ficam todas armazenadas em barris de madeira todos conectados com a torneira central onde o barman sabe exatamente qual torneira serve cada um dos 40 barris espalhados pelo bar.
O Cravinho Ambiente
Depois de provar 3 tipos diferentes de cravinho eu consegui sair do bar! Meus acompanhantes já estavam quase bêbados e eu sabia que ainda tinha muitos sabores locais para experimentar, peguei na mão dos dois e já saí do bar pulando de alegria levando-os para o Terreiro de Jesus, onde todos os baianos ali presente bailavam!
Lá fomos nós bailar. “Pegue a nega linda a seu lado e venha” diz o vocalista da banda. Nisso meu namorado já me puxou e começamos a dançar uma música atrás da outra, parecia que tinha uma droga que nos prendia na pista, não nos deixava parar… nos envolvemos tanto na dança que nem lembramos do gringo quando de repente olhamos e lá estava o suíço entrando na fila da quadrilha, nos entreolhamos e fomos nos juntar a ele.
Dançamos quadrilha a três e no meio daquela festa, daquela alegria toda não havia quem não sorrisse, quem não cantasse alto as músicas do sertão, quem não vibrasse com aquela energia. De repente no meio da quadrilha começa uma música “Super fantástico amigo que bom estar contigo no nosso balão” e esse foi o momento em que o gringo parou e me perguntou “que música é essa? Quase não se ouve a voz do cantor, o povo grita para cantá-la, é uma espécie de hino da festa?” Dei risada e respondi que era uma música infantil que havia marcado a vida de quase todos aqueles ali presentes. Misturavam-se naquela quadrilha velhos, jovens, putas, empreendedores, gringos, brasileiros, negros, brancos, pobres, ricos, todos unidos pela energia do pelourinho vibrando ao som de São João!
Quando já não conseguíamos mais dançar de tanta sede, saímos para pegar uma cerveja e eu os convidei a conhecer os sabores de caipirinhas que os locais nos ofereciam.
bebidas pelourinhoDe repente um drinks com nomes bastante pornográficos inclusive impróprios de escrever no jornal. Experimentamos juntos cinco sabores diferentes e exóticos, brindamos a vida a e oportunidade que tínhamos de estarmos ali naquela boa energia do Terreiro de Jesus!
Esta foi uma noite inesquecível para mim como profissional que veio a Salvador com intuito de difundir a cultura brasileira, mas também como pessoa que estava há tempos em São Paulo, cidade fria sem festa sem amor, sentir ali aquela energia naquele local abençoado renovou minhas energias, me fez renascer como mulher, fez renascer o amor que vivo com meu namorado e  fez também nascer dentro do gringo Joel uma enorme paixão e carinho pelo Brasil. Ao se despedir de nós naquela noite (ele deixaria o Brasil no dia seguinte) ele quase chorou, agradeceu imensamente pela oportunidade de estar conosco naquela data, naquele local, com aquela energia, disse que esta foi a melhor noite da vida dele, que ele jamais se esqueceria do Brasil e de tantos sorrisos e alegria!
Certo e aí qual é a receitinha de São João? Se eu estivesse em um contexto normal eu colocaria como receita um pé de moleque, um quentão, vinho quente, pamonha, cural, pratos tradicionais de festa junina em São Paulo, porém estou na Bahia e por aqui não tem quase nada disso… e por este motivo a receita de hoje é do drink que mais encantou nosso amigo suíço… não posso aqui contar o nome do santo (porque é pornográfico) mas posso contar a receita…
“Drink” encanta gringo!
Ingredientes
1 limão
2 rodelas de abacaxi
3 morangos
1 colher de leite condensado
2 doses de vodka
3 cubos de gelo
Modo de preparo:
Corte o limao em 4 partes, retire a parte branca central, coloque no copo da coqueteleira com morangos e o abacaxi em cubos, amasse bem todas as frutas, adicione o leite condensado, vodka e gelo. Bata na coqueteleira e sirva em seguida!

Agringalhados


Copa do mundo e estamos todos agringilhados! A quantidade de estrangeiros que recebemos me impressiona! Obrigada Seleção Brasileira por nos proporcionar esse momento tão lindo aqui de fora da Copa, no meu país, pelas minhas ruas…
gastronomia não é o principal foco de Copa do Mundo mas ela acontece naturalmente. As pessoas tem de comer, e assim me pego a observar pelas ruas a reação dos estrangeiros ao degustar uma deliciosa comida baiana e são feições alegres, “oh wow!” é o mínimo que se ouve, entre outros elogios que não cabem em palavras, nós brasileiros estamos encantando a todos com muito sabor e amor. E isso me deixa imensamente realizada profissionalmente.
O meu desejo para a Copa do Mundo e para o mundo é exatamente esse: que os estrangeiros tenham a oportunidade  de experimentar nosso tempero, nosso amor. E que tenham a audácia de provar nossas frutas exóticas que só se encontra no País Tropical!
No mesmo dia da estreia do Brasil na Copa  eu tive a oportunidade de levar 6 estrangeiros ao Mercado do Rio Vermelho em Salvador, a antiga Ceasinha, e lá experimentamos o Brasil! Eles haviam chegado há 2 dias pouquíssimo tempo, mas já conheciam a moqueca e interessavam-se pela tapioca! Provaram o umbu-cajá e se encantaram, comeram o caju e quase não acreditaram nunca ter visto o fruto da famosa “cashew nut”, entantaram-se pelo licor de jenipapo e na saída compramos uma deliciosa pescada amarela fresca, fomos até o apartamento que alugaram e cozinhamos uma deliciosa moqueca.
agrigalhadosEram duas mulheres e quatro homens, todos interessados na nossa cultura e nos nossos sabores. Quando retornávamos eu estava com o marido de Laurel no taxi (ela foi a anfitriã que entrou em contato comigo) e ele me disse que a experiência no mercado havia sido incrível e que enquanto cozinhávamos ele iria tirar um cochilo. Eu não me importei, chegando ao apartamento levei todos para a cozinha e com caipirinhas começamos… caju, umbu-cajá e pinha foram os sabores escolhidos para as caiporas!
Ali mesmo enquanto se deliciavam com a caipirinha eu comecei a preparar a famosa moqueca… corta daqui, refoga dali, dendê, coco fresco, pescada amarela e quando menos se esperava o marido da anfitriã estava ali na beira do fogão com uma colher para provar. Cheiro, textura, sabor, aroma, amor brasileiros eram sentidos a cada movimento na cozinha e o tal cochilo tinha ficado para mais tarde…
A moqueca estava quase pronta quando comecei a preparar o arroz e foi então que todos largaram suas caipirinhas na mesa e dirigiram-se ao fogão, nunca tinham visto se refogar o arroz, queriam assistir aquele espetáculo e entender a diferença de sabor. Neste momento abri a gaveta de colheres e distribuí 6 colheres, o filho mais novo de Laurel temperou com sal o arroz e os 6 estrangeiros, um por um quiseram provar a água do arroz, ver que sabor ela tinha e o motivo de tanto refogado no Brasil.
Depois de alguns minutos o grande banquete estava servido e a geladeira cheia de frutas e queijos tropicais. Eu me despedi agradecendo a oportunidade e desejando a eles uma boa sorte na Copa do Mundo!
E eu fui embora me preparar para a grande estreia do Brasil na Copa do Mundo. Aquele para mim foi um dia muito importante, essencial na minha vida, dia 12/06/2014 ficará para sempre guardado em minha memória como o dia em que eu apresentei a cultura gastronômica brasileira pela primeira vez a estrangeiros e os vi se deliciarem. Que grande oportunidade essa de assistir os “gringos” se deliciarem com um simples arroz… o refogado que faz a diferença no tempero brasileiro fez a diferença na minha vida e na vida daqueles estrangeiros! E por isso hoje a minha receita é ARROZ BRANCO! “Receita comum, todo brasileiro sabe como se faz arroz” – diriam os inimigos, mas será mesmo? Ah… bom então se não há nada para aprender em uma simples receita de arroz, vou também publicá-la em inglês, quem sabe os gringos se interessam….
Boa sorte Brasil! Vai que essa Copa é sua Seleção, ARREBENTA!
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sexta-feira, 11 de julho de 2014

Lá vem a baiana...

Cheguei na Bahia há 3 dias e já estou contaminada pelo perfume do dendê espalhado pelas ruas da cidade de Salvador entre morenas charmosas e trabalhadores alegres.
Ao chegar eu fui conhecer o bairro de Vilas do Atlântico, que fica próximo ao aeroporto, fiquei hospedada na casa de um colega chef também que tem o restaurante Varandas, muito charmoso de comida impecavelmente saborosa, amorosa e calorosa!
Na tarde do dia 07/06, a mesma data de minha chegada tive uma grande aula de cozinha baiana sentada a beira de um boteco  pé na areia ouvindo um quarteto formado por: um baiano, um minero, um carioca e um paulista em que me contaram todas as suas experiências gastronômicas na Bahia desde quando se mudaram para Bahia entre 2002 e 2004.  Na mesa todos tinham idade superior a 50 anos e eu no auge dos meus 31 sentada a mesa me sentindo lisonjeada ouvindo cada conto pacientemente.
baianaCada um daqueles senhores tem sua justificativa e história em abandonar sua zona de conforto para vir morar em Salvador. Um amor, um trabalho, qualidade de vida na Bahia foi o sonho que “compraram” e que hoje enchem a boca para dizer “essa semana vim a praia todos os dias, só não vim na segunda-feira”! Sentam-se na mesma mesa do mesmo bar e tomam a mesma cerveja… e daí eles reclamam que o CD da música é sempre o mesmo! E engraçado que esse bar chama-se Buraco da Véia, que nome feio, mas calma lá o cardápio explica:
“No início, o loteamento de Vilas do Atlântico era muito pouco frequentado e as praias não possuíam nomes. Todos significavam Vilas.
Havia uma praia especial onde, na maré baixa, formavam-se poças com água cristalina e muito calma. Esta era a preferida das senhoras de idade que ali costumavam reunir-se para tomar banho de mar e ficar naquele tradicional bate-papo.
Com o passar do tempo veio a necessidade de identificação das praias para que se pudesse marcar encontros. Dessa forma, os encontros nessa praia combinavam-se assim:
“… vamos marcar lá naquela praia onde tem as pocinhas que as velhas ficam tomando banho…”, “…lá na praia das velhas… Na praia do buraco das velhas…”
Daí então “Buraco da Véia” “
E foi nesta tarde sentada no Buraco da Véia que percebi a riqueza e grandiosidade da cultura gastronômica da Bahia. Um dos senhores era baiano e fez questão de me contar histórias centenárias da cozinha baiana e os outros ao redor dele não eram menos conhecedores do assunto, todos falavam de receitas e cozinha com a naturalidade de um baiano, nestes 10-12 anos aprenderam muito sobre cozinha. Quando lhes perguntei se eles cozinhavam obtive um “não” de 3 dos 4 colegas.
E daí eu me pergunto como não chamar a Bahia de berço da gastronomia brasileira? Em que outra capital do mundo sentaria-se a mesa com senhores de 50-55 anos que falassem sobre a cozinha local? Tento transpor a cena para São Paulo, 4 senhores engravatados sentados em um bar na Vila Olímpia falando de negócios, futebol, cerveja, mulher, qualquer outro assunto que não fosse cozinha, ainda que tivesse uma chef sentada a mesa, talvez o assunto fosse o mercado gastronômico no Brasil e jamais uma lista de dicas e receitas locais. Talvez no Rio de Janeiro se encontrasse um cenário parecido, ainda na praia com as mesmas vestimentas sentadas ao calçadão do Leblon mas certamente o assunto carioca passaria longe das cozinhas… Assim hoje me sinto feliz e honrada de ter no Brasil uma capital de um estado com tamanha riqueza cultural que hoje é uma das cidades sedes da Copa do Mundo 2014.
Salvador de encantos e encontros e terra de todos os Santos… meus colegas naquela tarde me fizeram provar o famoso acarajé da Carla, uma baiana muito charmosa… E assim eu troquei umas figurinhas também com a Carla sobre a produção do maravilhoso famoso bolinho baiano: o acarajé!
acaraje
Ingredientes:
500g de feijão fradinho
2 cebolas raladas
Sal
1 litro de azeite de dendê

Modo de preparo:
1-    Deixe o feijão de molho por 12 horas, retire sua casca e escorra;
2-    Bata no liquidificador o feijão hidratado até formar uma pasta, transfira para uma bacia, adicione cebola ralada e sal a gosto bata até que a massa dobre de tamanho. As baianas batem com colher de pau mas na batedeira tem o mesmo efeito: arear a massa; 
3- Em uma panela aqueça o azeite de dendê e com a colher coloque a massa para fritar. Retire quando os bolinhos estiverem dourados. (gosto de fazer mini acarajés, uso uma colher de sopa como molde para os bolinhos, ficam lindos!)

Nós dois abraçados ao sol...

É assim que imaginamos passar o dia dos namorados com a pessoa amada… mas a correria do dia a dia e Copa do Mundo no Brasil atrapalharam um pouco os planos e esse ano o dia dos namorados foi assassinado pela Fifa… brincadeiras à parte, a criatividade está solta, temos de pensar novas formas de compartilhar enamorados este dia tão gostoso na vida dos casais.
Eu sou uma romântica antiga, para mim café da manhã na cama é a melhor forma de se acordar, seja qual for o dia ou a hora… e por isso tenho aqui na manga um café da manhã na cama que demora 5 minutos para ser preparado e não importa que o dia 12 seja uma quinta feira com início da Copa do Mundo com jogo Brasil e Croácia, todos temos 5 minutos para nos dedicarmos aos bofes queridos e vice-versa.
Eu aprendi esse café quando morava em Uberlândia, ele é famoso nos blogs de receitas. A receita original é mais ou menos assim: 1 xícara de café solúvel + 1 xícara de água + 1 xícara de açúcar. Eu servia e ele fazia o maior sucesso!
Daí um certo dia eu achei que estava muito doce, daí eu ganhei um livro em que aprendi que para se formar um merengue adiciona-se calda doce e não água e açúcar frios, daí eu comecei a recriar a receita, acrescentei baunilha… até que ela ficou… incrível! 
Café cremoso

1 pacotinho de 50g de café solúvel
2 colheres de sopa de açúcar
1 xícara de água
1 fava de baunilha

Modo de preparo:
1-    Em uma panela adicione água, açúcar e fava de baunilha aberta, deixe ferver até que o açúcar esteja dissolvido.;
2-    Adicione esta calda quente coada (retire a baunilha) ao café solúvel e bata na batedeira por 5 minutos;
3-    Adicione uma colher de sopa desse merengue em uma xícara de leite quente, adoce a gosto e se delicie… O que sobrar, congele e pode usar todos os dias quando acordar, aqueça leite e adicione o café batido ainda congelado (ele fica cremoso, espuma, não fica duro de pegar congelado).
cafe cremoso
E nesses 5 minutos que sua batedeira vai estar trabalhando batendo o café, você pode preparar um queijo quente delicioso, com pão de forma mesmo, o que tiver em casa.

Queijo quente

4 fatias de pão de forma
1 colher de chá de manteiga
150g de mussarela

Modo de preparo:
1-    Aqueça uma frigideira, enquanto isso passe manteiga em um dos lados das 4 fatias de pão, quando a frigideira estiver quente adicione as fatias e deixe dourar, vire e deixe dourar o outro lado. Quando estiver torradinho, retire 2 torradas e deixe as outras 2.
2-    Cubra cada uma das torradas com bastante queijo e então vire a torrada, colocando o queijo em contato direto com a frigideira, ele vai criar uma crostinha e assim tudo estará derretido.
3-    Junte as metades recheadas com as outras 2 torradas reservadas, faça um corte diagonal ao meio e sirva.
Neste momento seu namorado provavelmente já acordou com um cheirinho maravilhoso de queijo na chapa e você vai chegar lá com um cafezinho e sandubinha de queijo… ele vai PIRAR!
Detalhes simples, 5 minutos, enquanto bate o café você faz o resto e assim prepara um café da manhã incrível para seu namorado sem ter trabalho nem fazer muita sujeira.
E aí cabe a vocês dois se imaginarem tomando esse café em uma vista para o mar, abraçados ao sol…